História da Banda Herbivoria

Em 2019, Sérgio Augusto (baterista e compositor), convidou Marco Santin (vocalista, guitarrista e compositor), ambos ativistas de Brasília, a criar músicas com a temática vegana em prol dos animais.

Em um evento, chamado Rolê Veggie, que aconteceu no dia 7 de abril de 2019, no Teatro Mapati, localizado na Asa Norte, aconteceu a primeira conversa sobre uma possível colaboração musical. Em 16 de junho, aconteceu outra edição do mesmo evento no mesmo local, foi então que a coisa ficou mais séria e nasceu a banda, sem o nome ainda. 

A carência de ativismo nesta área foi uma das principais motivações, foi a forma escolhida de fazer parte das milhões de vozes ao redor do mundo que lutam pela libertação dos animais. 

"Por meio das letras, dos refrãos, do som, é possível expressar muitas ideias e sentimentos. A música toca de forma rápida a sensibilidade humana, ainda mais quando é dada a ela, um protagonismo ativista. É uma forma de comunicação mais complexa, na tentativa de sensibilizar sociedades injustas".

A peculiaridade da banda Herbivoria é o fato de ter sido composta por veganos, que compõem e tocam músicas com letras em prol dos animais. O primeiro trabalho foi o álbum “Semeando em solo árido”, gravado totalmente em Home Studio, e à distância, devido a pandemia da Covid.

Ato na Embaixada da Turquia em Brasília, contra a exportação de animais vivos. 6 de fevereiro de 2018.

Reunião do Grupo de Estudos da Frente de Ações pela Libertação Animal. Quiosque do Atleta. Maio/2019

Rolê Veggie, 7 de abril de 2019. - Reunião da FALA (Frente de Ações pela Libertação Animal)

NOME DA BANDA

O nome surgiu de uma lista de sugestões, até que foi acrescentado por Sérgio Augusto, o nome Herbivoria, que era o nome de uma antiga loja online de camisetas veganas que montou em 2014, e não deu muito certo. 

Herbivoria é uma relação ecológica onde um animal se alimenta de plantas. Para humanos se usa mais o termo vegetariano, pois há outros motivos envolvidos para escolher uma dieta a base de plantas, por exemplo, a ética, saúde. Muita gente confunde o nome da banda e chama "herbívora", que também é um nome legal. 

ALBUM SEMEANDO EM SOLO ÁRIDO

O álbum “Semeando em solo árido”, como o próprio nome já diz, foi um trabalho árduo. Teve início antes da pandemia de 2020, porém sua finalização e o processo de divulgação foi durante a pandemia. 

A logística foi enviar um rascunho da música em vocal e violão por e-mail. Com o rascunho, era gravada uma prévia de bateria e assim seguia em frente. Primeiramente muita pesquisa para comprar equipamentos de estúdio, renovar instrumentos, aprender a utilizar programas de gravação e por fim, cada integrante criou o seu home studio em sua casa. 

Com a pandemia, coincidentemente já éramos uma banda “à distância”, no aspecto de processo de composição e gravação. Até esse momento haviam sido gravadas “demos” das músicas. As gravações das faixas do álbum tiveram início em março de 2020, já com todos em isolamento social. Em outubro de 2020 o álbum foi lançado pelas redes sociais e também por meio das plataformas digitais de músicas. No entanto, não foi possível fazer a divulgação do álbum de forma presencial.

As  composições

O processo das composições do álbum foi  prático, no início da banda ainda em dupla, foi combinado que cada um faria 5 músicas. 

Das composições do Sérgio Augusto, antes da banda, já existiam as músicas (Libertação Animal e Os seus olhos), depois da banda montada vieram (Vida Capitalista, Primatas Herbívoros e Receita do Futuro). 

Das composições do Marco Santin, antes já existia (Eu disse não), depois vieram (Paz aos Animais, Nem um nome ele tem, Veganize, ALF e Não sou tumba). 

Os processos de criação são bem variados: adaptação de canções próprias criadas anteriormente, inspirações em livros, em temáticas especificas do movimento de libertação animal, em sentimento de impotência em relação ao sofrimento dos animais, frases, textos e comentários em redes sociais, enfim, infelizmente viver em uma sociedade antropocêntrica e especista o que não falta são motivos e inspirações para criação de música pela libertação animal. 

Apesar de cada música ter partido de um compositor, só foi possível chegar ao formato atual, devido a contribuição de todos.

Sérgio Augusto - Ex - Baterista e compositor (2019 a 2022)

Marco Santin - Ex-guitarrista e vocalista (2019 a 2022)

Fábio Alecxander - Ex-baixista (2019 a 2021)